Meus Livros publicados

Meus Livros publicados

MEUS LIVROS VIRTUAIS E EM PAPEL

MEUS LIVROS VIRTUAIS E EM PAPEL

sábado, 19 de abril de 2008

O AVARENTO


O AVARENTO


Marco Aurélio Chagas

Num povoado afastado,
Em uma pequena vila,
Entre montanhas viviam
Pessoas e um abastado.


Era o mais rico de todos.
E de um mau coração.
Despojava aos demais,
De seus bens, em profusão.


Tanta era sua avareza,
E em tudo punha preço,
Conseguia, com certeza,
Ter tudo sem muito apreço.


No lugar também havia
Um moço bom; verdadeira
Alma de Deus, se dizia,
A voz do povo, altaneira.


Certo dia adoeceu
Gravemente aquele avaro,
E o pior aconteceu:
Viu-se em total desamparo.


Prá salvá-lo era preciso,
De sangue, uma transfusão,
E ninguém em são juízo,
Quis lhe dar essa atenção.

O avarento anunciou,
Pelo precioso elemento,
Qualquer preço, em desespero,
Ofertava no momento.


Compreendeu o desolado,
Que o metal não compraria
O que era necessitado.
E que falta lhe faria!

Inteirou-se do incidente
Daquele pobre coitado,
O bom moço, prontamente,
Foi-se ter com o endinheirado.

Comovido o avarento,
Com aquele piedoso gesto,
Ordenou num só momento,
Buscar salvador dileto.


O jovem vinha apressado,
Caminhando pro castelo,
No trajeto foi picado
Por cobra, que flagelo!


E ao seu destino chegar
Relatou o caso passado.
Não foi possível salvar,
Com o sangue envenenado.

O avarento morreu,
E o jovem foi tratado,
E disso que ocorreu,
Cada um faz seu ditado.

2007.

Nenhum comentário: